O uso de drogas durante a adolescência pode ter impactos devastadores para a saúde física, mental e social do jovem. “O cérebro do adolescente ainda está em desenvolvimento, o que significa que a exposição a substâncias psicoativas pode comprometer funções cognitivas importantes, como a memória, a tomada de decisões e o controle de impulsos”, alerta o psiquiatra João Mendes, especialista em dependência química juvenil.
Além dos prejuízos cognitivos, o uso de drogas pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade, depressão e, em casos mais graves, à esquizofrenia.
No aspecto social, os adolescentes usuários de drogas têm maior probabilidade de abandonar os estudos, envolver-se em comportamentos de risco, como violência e delitos, além de serem mais suscetíveis a acidentes, como os de trânsito.
A longo prazo, o uso precoce de drogas está associado ao desenvolvimento de dependência química, o que pode resultar em danos irreversíveis à saúde e na dificuldade de se inserir no mercado de trabalho e na sociedade de maneira produtiva.
O papel dos pais é fundamental na prevenção do uso de drogas por adolescentes. “Manter uma comunicação aberta e honesta é o primeiro passo”, orienta a psicóloga Maria Alves. “Os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos, conhecer seu círculo de amizades e demonstrar interesse nas suas atividades cotidianas.”
O apoio emocional também é um fator de proteção. Adolescentes que se sentem amparados e têm uma boa autoestima são menos propensos a buscar nas drogas uma forma de lidar com seus problemas. Os pais devem estar preparados para identificar sinais de alerta, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento social ou queda no desempenho escolar, e buscar ajuda especializada quando necessário.
A escola desempenha um papel crucial na formação de valores e na conscientização dos adolescentes sobre os riscos do uso de drogas.
Programas de educação preventiva, que abordem de forma clara e acessível os efeitos das substâncias e promovam o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, são eficazes para reduzir a experimentação de drogas entre os jovens.
Fonte: Clínica de Recuperação Grupo Transformando Vidas